Foi o que apontou pesquisa do IBGE em relação a 2013
As fotos de casamentos dos seus amigos pipocando nas redes sociais não deixam mentir. Apesar de ter diminuído o número de registros, o Espírito Santo é o segundo colocado no país, proporcionalmente, em casamentos realizados em 2013.
A taxa de nupcialidade legal – que considera a proporção de casamentos por mil pessoas de 15 anos ou mais de idade – ficou em 8,5%. Houve queda em relação a 2012, que registrou 8,7%. No país, ficou em primeiro lugar na taxa de casamentos Rondônia, no Norte do país, com 10,3%.
Os dados fazem parte da Estatística de Registro Civil, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que expõe também dados de divórcios, registros de nascimento e mortalidade infantil.
Foto: Carlos Alberto Silva - GZ
Enfim casados: depois de 10 anos de namoro Cezelina e o marido, Robson Malacarne, oficializaram a união após consolidarem suas carreiras e sua própria relação.
A jornalista Cezelina Chagas Gomes, 27 anos, e o administrador e professor Robson Malacarne, 32, contribuíram recentemente para o número de casamentos no Espírito Santo. Eles oficializaram a união no último dia 12 de outubro após 10 anos de namoro.
“Primeiro nós fizemos as coisas que queríamos realizar. Eu me formei, ele também. Ele agora está fazendo doutorado. Depois de sete anos, decidimos nos casar”, relata a jornalista.
Em contrapartida ao número de casamentos realizados, a pesquisa apontou que o tempo médio da união caiu de 18 anos, em 2008, para 15 anos, em 2013. Esse foi o tempo médio entre o casamento e a data da sentença do divórcio.
A professora Beatriz Nader, do Departamento de História da Ufes, pondera que se for levado em conta o número de uniões entre as pessoas, seja do mesmo sexo ou não, “os números superam de longe os registros cartoriais”.
A psicóloga Penélope Zecchinelli Sampaio avalia que a quantidade de divórcios está ligada ao número de casamentos.
“Por mais que se diga que o casamento é uma instituição falida, as pessoas continuam se casando. Quem descasa volta a casar de novo, principalmente quem casou muito cedo”, diz Penélope, que é conselheira do Conselho Regional de Psicologia (CRP).
Quinto lugar em divórcios
O Espírito Santo está em quinto lugar em todo o país em taxa de divórcios. Foram registrados, em 2013, 8.233 casos.
Esse número se divide entre os concedidos em primeira instância sem recursos (6.506 ao todo) e os finalizados por escrituras extrajudiciais (1.727).
A taxa geral de divórcios considera o percentual para cada mil habitantes de 20 anos ou mais de idade. No caso do Estado, esse índice foi de 3,1%. Em 2012, essa taxa foi um pouco maior: 3,2%.
A professora Beatriz Nader, do Departamento de História da Universidade Federal do Espírito Santo, aponta que a Lei do Divórcio, de 1977, libertou as pessoas de “casamentos infelizes”, o que mudou a dinâmica das relações de lá para cá.
“As mulheres infelizes se sujeitavam às relações porque dependiam do marido ou porque não podiam se separar dele”, defende.
A psicóloga e conselheira Penélope Zecchinelli Sampaio, do Conselho Regional de Psicologia (CRP), acrescenta que as pessoas refletem nas relações a efemeridade praticada em outros campos da vida.
“Aquilo que não satisfaz mais não se tentam recuperar. Você descarta. Nas relações está sendo assim também”, diz.
O Estado diminuiu o número de registros de nascimentos realizados fora do ano em que eles ocorreram, os chamados registros extemporâneos. O índice passou de 8,2% em 2003, para 1,6%, no ano passado.
Fonte: Gazeta online
Outro índice levantado pela pesquisa do IBGE está o de mortes infantis. O levantamento mostrou que a maioria das mortes ocorreram até os 27 dias. Outros 30,95 ocorreram entre 28 dias e um ano da criança.