A tecnologia Piql garante segurança e agilidade no manuseio e acesso de dados digitalizados
Um evento promovido pela Corregedoria da Justiça do Maranhão na manhã do dia 2/3, no Fórum de Justiça de São Luís, reuniu centenas de cartorários do Estado que tiveram a oportunidade de conhecer a tecnologia Piql de armazenamento e gestão de informações. A ferramenta garante segurança e agilidade no manuseio e acesso de dados digitalizados.
A tecnologia Piql foi desenvolvida com base na gravação de dados em película de 35mm, a mesma utilizada em produções cinematográficas. O dispositivo permite guardar informações por milhares de anos sem a necessidade de migração para outro tipo de base de armazenamento. Cada rolo de filme fica guardado em uma caixa de proteção, resistente à inundação e à alta temperatura sem que haja danos aos dados.
O representante da empresa OGS, que detém a permissão de comercialização do Sistema Piql no Brasil, Roberto Carminati, destacou na exposição que a ferramenta pode ser utilizada com sucesso nos cartórios, uma vez que garante praticidade, segurança e confiabilidade.
Uma vez digitalizados, a ferramenta possibilita o rápido acesso aos arquivos, mesmo aqueles mais antigos, o que reflete mais celeridade no atendimento ao público. Atualmente, grande parte dos cartórios maranhenses ainda guarda documentos em papel, que por sua vez são armazenados em espaços físicos que ocupam grande espaço e em algumas situações ficam expostos à umidade e outras ações degradantes, podendo ocasionar a perda da informação.
Presente no evento, a corregedora da Justiça, desembargadora Nelma Sarney, disse que está empenhada na modernização dos cartórios, estimulando as serventias para a melhoria constante dos serviços. “Precisamos estreitar nosso diálogo com a finalidade de mantermos um serviço de excelência para os cidadãos, tanto na esfera judicial como na extrajudicial”, destacou.
Na exposição, Carminati, garantiu que não há qualquer interferência ou mesmo deliberação da empresa OGS no processo de digitalização e preservação dos dados. “Fazemos apenas aquilo que ficar acertado entre a Corregedoria e os cartórios. Recebemos os documentos, digitalizamos e disponibilizamos no sistema para acesso dos cartorários. Todo processo tem o aval da Corregedoria, que garante ainda mais segurança das informações contidas nos arquivos”, explicou.
Nelma Sarney também afirmou que ainda é grande o número de reclamações recebidas, sobretudo em relação ao atendimento, estrutura e demora na emissão de documentos. Ela destacou que tem acompanhado as reclamações, mantendo a função fiscalizadora do órgão corregedor. Por outro lado, ressaltou o trabalho integrado para romper com dificuldades que ainda persistem.
“Reafirmo nossa posição de órgão parceiro das serventias lembrando que essas barreiras somente serão vencidas com união. Conclamo todos os cartorários para atuar em parceria com a Corregedoria na prestação de um serviço de qualidade em prol do interesse público”, ratificou.
A juíza corregedora Oriana Gomes participou da apresentação, que também contou com a presença do juiz diretor do Fórum de São Luís, Osmar Gomes; do coordenador das Serventias da Corregedoria, Rafael Duarte; do assessor de Informática da Corregedoria, Paulo Rocha Neto; e do presidente da OGS, Irani Varella.
Experiência – A empresa OGS Digital, em parceria com a Corregedoria, já realizou um projeto piloto para implantação do sistema no âmbito do Poder Judiciário. A experiência inicial foi realizada no Fórum de Justiça de São Luís, que resultou na digitalização e microfilmagem de 100 processos e um total de cinco mil páginas. Na oportunidade, servidores que tiveram contato com a ferramenta aprovaram a iniciativa.
Fonte: TJMA