Academia Notarial Brasileira é lançada em cerimônia no TJ-SP
Publicado em 03/03/2016
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Conselho Diretivo e Acadêmicos tomaram posse na última sexta-feira (26.02), no Salão do Júri do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP).
São Paulo (SP) - Com a participação de seis integrantes do Conselho Superior da Magistratura do Estado de São Paulo (CSM), do Ministro da Justiça, de secretários de Estado e de notários e registradores de todo o Brasil foi oficialmente instituída a Academia Notarial Brasileira (ANB) na última sexta-feira (26.02) em cerimônia realizada no Salão do Júri do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP). No mesmo ato foram empossados os acadêmicos vitalícios da entidade, responsáveis por definir as diretrizes e os princípios norteadores da atuação doutrinária da ANB, assim como o Conselho de Direção da entidade que está diretamente vinculada ao Conselho Federal do Colégio Notarial do Brasil (CNB-CF). “A instalação da Academia Notarial Brasileira traz para o seio da atividade notarial uma seleção do que há de mais completo e pujante em termos de conhecimento jurídico e doutrinário sobre esta atividade secular, responsável por zelar pela paz social, pela prevenção de litígios e pela segurança das relações jurídicas que lastreiam a vida civil e econômica da população brasileira”, disse Ubiratan Guimarães, presidente do CNB-CF e também da ANB. Empossado na cadeira nº 40, sob o patronato de Washington de Barros Monteiro, o atual ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo, destacou a importância da instituição da Academia. “A instituição da ANB é muito importante na perspectiva de que nós temos que fazer reflexões acadêmicas sobre esse campo de direito, aprofundar estudos que muitas vezes se limitam ao plano das normas”, disse o ministro. “Fiquei muito envaidecido em ser convidado. Trata-se de uma oportunidade ímpar, histórica, de poder participar de uma elaboração intelectual que para mim é muito importante”, disse. Segundo Cardozo, “é fundamental investir no aprimoramento da reflexão teórica para que possamos extrair propostas práticas do plano normativo, do plano legislativo, de forma que penso que essa academia contribuirá muito para o avanço da atividade notarial no Brasil”, completou. “A atividade notarial é indispensável para alcançar a segurança jurídica”, finalizou o ministro. “É uma grande honra integrar a Academia Notarial Brasileira, pois acompanhei durante décadas o trabalho, zelo e comprometimento do notariado brasileiro”, disse por sua vez o secretário da Educação do Estado de São Paulo, José Renato Nalini. “Esta academia produzirá um fecundo acervo de doutrina para que possamos aproveitar essa experiência notarial para o alívio do Judiciário”, completou. Também presente ao evento, o secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, Alexandre de Moraes, enfatizou a contribuição que a Academia poderá dar à sociedade. “Esta Academia representa a segurança jurídica, o aperfeiçoamento de todo o sistema notarial, a institucionalização dos contatos dos outros setores com o setor notarial. Quero agradecer a honra de ter sido convidado para participar da ANB e posso atestar que tudo que eu puder fazer para contribuir com a academia, farei”, afirmou. Contribuição do Poder Judiciário Responsável pelas principais jurisprudências em torno da atividade extrajudicial no País, o Judiciário bandeirante foi prestigiado pela ANB, com a inclusão de desembargadores e juízes em sua composição. “Acredito que aqui nós teremos espaço para discutir amplamente todas as questões de projetos para desonerar a Justiça e como podemos transformar o Direito Notarial num mecanismo até de socorro do Poder Judiciário e de melhoria do acesso das pessoas a uma ordem jurídica justa”, disse o presidente do TJ-SP, desembargador Paulo Dimas de Bellis Mascaretti. Responsável por falar em nome de todos os acadêmicos empossados, o desembargador Ricardo Henry Marques Dip, presidente da Seção de Direito Público do TJ-SP, saudou a iniciativa da ANB. “A ideia de criar uma Academia Notarial Brasileira nasceu de uma sugestão em conversa com a ministra Nancy Andrighi, sobre a importância de existir um órgão formado por diversos juristas plurais, possibilitando audiências para avaliar todas as circunstâncias da sociedade”, afirmou. A valorização da criação de uma doutrina notarial foi destacada pelo desembargador Walter Barone. “A importância maior é que ela (ANB) possibilitará uma produção mais rica de doutrina, de material teórico do Direito Notarial, que hoje no Brasil ainda nos ressentimos. Temos que utilizar muito a doutrina estrangeira e não temos um estímulo à produção nacional”, afirmou. “Uma Academia Notarial é uma instituição voltada para o meio acadêmico, para o estudo, que se desvincula dos interesses propriamente classistas e promove o Direito Notarial”, completou o desembargador Marcelo Martins Berthe. A voz dos notários Diferentes Estados da Federação foram contemplados com cadeiras na Academia Notarial Brasileira. Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Pará e Distrito Federal. Além disso, as Seccionais do CNB poderão indicar até o final do mês de março nomes de notários para compor a instituição, que serão levados à aprovação do atual colégio acadêmico. “A importância na criação da ANB é reforçar os estudos acadêmicos sobre o Direito Notarial, que ainda é muito carente de desenvolvimento no Brasil, e de fortalecer também a classe como uma categoria composta por profissionais autônomos, que prestam serviço de prevenção de conflitos, de segurança e validade dos atos. É fundamental que criemos doutrina consistente para que o sistema seja mais claro no âmbito nacional”, disse Hércules Alexandre da Costa Benício, Tabelião e presidente da Seccional do Distrito Federal do CNB. Rodrigo Reis Cyrino, presidente do CNB-ES, destacou a ampliação do leque de ações da entidade nacional dos notários. “A ANB traz um aspecto científico para a atividade notarial, algo que estamos precisando, produzir doutrina, para que possamos instruir não só os notários do Brasil, mas também os cidadãos que utilizam os serviços notarias e registrais”, afirmou. Ponto alto da cerimônia, o tabelião aposentado de Novo Hamburgo, Carlos Luiz Poisl, decano da Academia e que completou 90 anos na data de sua posse, fez um discurso emocionado. “Precisamente hoje estou completando 90 anos de idade, dos quais 65 anos da história da minha vida se confundem com 65 anos da história do notariado brasileiro. Poisl destacou aquela que deve ser a principal luta do notariado brasileiro. “A colegiação obrigatória é uma falha que deve ser suprida. O dever dos acadêmicos é divulgar e defender a doutrina notarial e preencher a lacuna da colegiação obrigatória”. Juristas renomados como o professor da Universidade de São Paulo (USP), Celso Campilongo, e o jurista paraibano Rodrigo Toscano de Brito, também assumiram suas cadeiras no salão nobre do TJ-SP. “A ideia em princípio é realizar essas reuniões e com base nelas construir projetos de publicações que digam respeito à área notarial e fazendo também as interligações com outros âmbitos do Direito, como é o caso do Direito Civil, principalmente, que é a minha área específica de atuação”, afirmou Rodrigo. “Uma coisa é reproduzir o conhecimento acumulado, e sem dúvida nenhuma o conhecimento acumulado na área notarial é vastíssimo; outra é a partir desse conhecimento acumulado desbravar novos terrenos, novos olhares, novas explicações teóricas. O papel mais relevante dessa Academia é exatamente tentar desbravar o caminho das novidades, ancorado na larga tradição que tem o estudo do Direito Notarial”, finalizou o professor Campilongo. Veja abaixo a composição completa da Academia Notarial Brasileira. Conselho de Direção Presidente Ubiratan Guimarães Vice-Presidente Ana Paula Frontini Vice-Presidente Celso Fernandes Belmiro Secretária Geral Daisy Ehrhardt Conselheiros Carlos Fernando Brasil Chaves Rodrigo Reis Cyrino Luiz Carlos Weizenmann Acadêmicos e Patronos Cadeira nº 01 Patrono: Adolfo Oliveira Acadêmico: Luiz Carlos Weizenmann Cadeira nº 02 Patrono: Adwalter Ribeiro Soares Acadêmico: Rodrigo Reis Cyrino Cadeira nº 03 Patrono: Afrânio de Carvalho Acadêmico: Luiz Antonio de Godoy Cadeira nº 04 Patrono: Antônio Albergaria Perreia Acadêmico: Paulo Roberto Gaiger Ferreira Cadeira nº 05 Patrono: Antônio Augusto Firmo da Silva Acadêmico: Carlos Fernando Brasil Chaves Cadeira nº 06 Patrono: Antônio Tupinambá Vampré Acadêmico: Rodrigo Toscano de Brito Cadeira nº 07 Patrono: Arnaldo Barbosa Maciel Acadêmico: Kioitsi Chicuta Cadeira nº 08 Patrono: Augusto Teixeira de Freitas Acadêmico: João Figueiredo Ferreira Cadeira nº 09 Patrono: Caio Mário da Silva Pereira Acadêmico: Antonio Carlos Alves Braga Júnior Cadeira nº 10 Patrono: Clóvis Bevilaqua Acadêmico: Paulo Dimas de Bellis Mascaretti Cadeira nº 11 Patrono: Dínio de Santis Garcia Acadêmico: Francisco Eduardo Loureiro Cadeira nº 12 Patrono: Djeta Medeiros Acadêmico: Hércules Alexandre da Costa Benício Cadeira nº 13 Patrono: Eduardo Bautista Pondé Acadêmico: Walter Rocha Barone Cadeira nº 14 Patrono: Edward Carvalho Balbino Acadêmico: Celso Fernandes Belmiro Cadeira nº 15 Patrono: Ênio Vilanova Castilhos Acadêmico: José Flávio Bueno Fischer Cadeira nº 16 Patrono: Francisco Cavalcanti Pontes de Miranda Acadêmico: Maria Helena Diniz Cadeira nº 17 Patrono: Francisco Teixeira da Silva Júnior Acadêmico: Tânia Mara Ahualli Cadeira nº 18 Patrono: Jarbas Ferreira Pires Acadêmico: João Teodoro da Silva Cadeira nº 19 Patrono: João Mendes de Almeida Júnior Acadêmico: Ademir de Carvalho Benedito Cadeira nº 20 Patrono: José Castán Tobeñas Acadêmico: Josué Modesto Passos Cadeira nº 21 Patrono: José Geraldo Rodrigues de Alckmin Acadêmico: Alexandre de Moraes Cadeira nº 22 Patrono: José Philadelpho de Barros e Azevedo Acadêmico: José Carlos Xavier de Aquino Cadeira nº 23 Patrono: Juan Berchmans Vallet de Goytisolo Acadêmico: Ricardo Henry Marques Dip Cadeira nº 24 Patrono: Luís Philippe Pereira Leite Acadêmico: Régis Fernandes de Oliveira Cadeira nº 25 Patrono: Marcos Nogueira Garcez Acadêmico: José Antonio de Paula Santos Neto Cadeira nº 26 Patrono: Martín Martins de Guimarães Acadêmico: João Maia Rodrigues Cadeira nº 27 Patrono: Martínez Segovia Acadêmico: Marcelo Benacchio Cadeira nº 28 Patrono: Miguel Ivo Cassal Acadêmico: Carlos Luiz Poisl Cadeira nº 29 Patrono: Miguel Reale Acadêmico: Marcelo Martins Berthe Cadeira nº 30 Patrono: Orosimbo Nonato Acadêmico: Luís Paulo Aliende Ribeiro Cadeira nº 31 Patrono: Paulo Menotti del Picchia Acadêmico: Celso Fernandes Campilongo Cadeira nº 32 Patrono: Pero da Costa Acadêmico: Zeno Veloso Cadeira nº 33 Patrono: Rafael Nuñez Lagos Acadêmico: Cristina Noemí Armella Cadeira nº 34 Patrono: Ranieri di Perugia Acadêmico: Ubiratan Pereira Guimarães Cadeira nº 35 Patrono: Rolandino Passaggeri Acadêmico: Renato de Salles Abreu Filho Cadeira nº 36 Patrono: Salatiel Acadêmico: Monica Vanderléa Jardim Cadeira nº 37 Patrono: Ser Petrarco Acadêmico: Vicente de Abreu Amadei Cadeira nº 38 Patrono: Sérgio Ivan Margarida Acadêmico: Karin Regina Rick Rosa Cadeira nº 39 Patrono: Sylvio do Amaral Acadêmico: José Renato Nalini Cadeira nº 40 Patrono: Washington de Barros Monteiro Acadêmico: José Eduardo Martins Cardozo Fonte: CNB-CF | ||
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