Nos últimos dias teve grande repercussão nas redes sociais o nascimento, ocorrido em 13 de maio, no município de Vigía del Fuerte, na Colômbia, de um menino que teria recebido o nome da plataforma de entretenimento Netflix.
O país tem vários casos parecidos, como o de uma Mazda Altagracia Ramírez, mas tanto lá como em outras partes da América Latina, vem ganhando força um debate sobre a necessidade de criação de leis que permitam mudanças no registro de nomes como o da companhia automobilística, para evitar constrangimentos para as crianças.
No Panamá, Oliver Google Kai, que nasceu em setembro de 2005, segundo o diário "La Prensa", recebeu o nome da gigante do setor de internet. Segundo o Registro Civil do Tribunal Eleitoral nacional, casos como este levaram à possibilidade de troca de nome, pois em 2015 cerca de 200 pessoas pediram outra identidade, ou porque o nome é impróprio ou difícil de pronunciar.
Além de Oliver Google, os cartórios panamenhos já registraram crianças como Amor McDonald e Apple Guadalupe, por exemplo.
A Lei 31 de 25 de julho de 2006 prevê a proibição de nomes que prejudiquem ou exponham ao ridículo um recém-nascido, e o oficial do Registro Civil pode tomar a decisão a respeito de imediato.
Em relação a marcas de automóveis, a Costa Rica também tem uma pessoa chamada Mazda, assim como dois Hyundai e até 30 batizadas como Audi. Há ainda uma Pepsi e um Uber Jiménez, segundo dados do Tribunal Supremo de Eleições.
Apple Clin, Apple Whoopi e Apple Valentin são alguns dos nomes que foram apresentados ao Registro Nacional de Identificação e Estado Civil do Peru.
No Equador, a lista de nomes curiosos tem casos como Land Rover García, Vick Vaporub Giler e Burguer King Herrera, por exemplo. Lá, a legislação não proíbe estes casos, desde que não sejam considerados insultos ou firam a dignidade humana.
No Paraguai, em aparente tentativa mal sucedida de homenagem a uma popular marca escocesa de uísque, uma pessoa registou o filho como Jonny Walker Cano. Em entrevista ao jornal "Hoy", Juan Carlos Vega, secretário geral do escritório de registro, afirmou que o país tem uma lei que proíbe nomes que confundam o gênero do bebê, mas não os de empresas.
Outro país com casos de nomes curiosos é o Uruguai, desde Árbol (Árvore, em português) e Oxígeno (Oxigênio) até um Walt Disney de los Santos.
Mo México, o Registro Civil divulgou uma lista de nomes proibidos, com exemplos como Twitter, Facebook, Yahoo, James Bond e Usnavy (em referência a US Navy, a Marinha dos Estados Unidos), para evitar bullying.
Na Argentina, onde um pai fanático por carros batizou o filho como Chevy, desde 2015 o novo Código Civil e Comercial estabelece que os nomes podem identificar sexo ou não, podem ser estrangeiros ou indígenas, mas não podem afetar a honra.
Embora na Venezuela e em Cuba não seja tão forte o fenômeno de nomes com marcas, há extravagâncias como Superman, Everfit, Toshiba e Olnavy (em referência a Old Navy).
Fonte: Época Negócios