A expectativa de vida cresceu três meses e 11 dias de 2016 para 2017, chegando a 72 anos e cinco meses para os homens, e 79 anos e quatro meses para as mulheres. Mas junto com a boa notícia vem os desafios com a saúde e aposentadoria.
O IBGE anunciou, nesta quinta-feira (29), que os brasileiros estão vivendo mais. E esse aumento da expectativa de vida mexe também com gastos do governo.
Ah, o nascimento de um filho: “Foi o melhor dia da minha vida”. E o de um netinho? “Dá vontade de levar para casa. Embrulhar e não deixar ninguém mexer”, derrete-se a comerciante e avó Edith Machado.
O Artur chegou junto com boas novas do IBGE. A expectativa de vida segue aumentando no Brasil. Cresceu três meses e 11 dias de 2016 para 2017, chegando a 72 anos e 5 meses para os homens e 79 anos e 4 meses para as mulheres.
São as novas gerações se beneficiando da ciência e de condições de vida que não existiam no tempo da mãe da dona Edith: “Ela perdeu minha irmã, a segunda filha, com três meses, por diarreia”.
Além de viver mais, a expectativa de vida aumentou porque a mortalidade infantil vem diminuindo. Isso começou a acontecer em 1940. Naquela época, o risco de uma criança não passar dos 4 anos era quase 31% maior do que hoje. Viver mais é a ótima notícia que sai das estatísticas, junto com grandes desafios.
As diferenças regionais ainda são enormes no país. Enquanto em Santa Catarina a expectativa de vida passa dos 79 anos, no Maranhão ela não chega a 71.
A menor taxa de mortalidade infantil está no Espírito Santo: menos de nove óbitos por mil nascidos vivos. Chega a 23 por mil no Amapá, e 20 por mil no Maranhão.
Além de reduzir as desigualdades, será preciso fazer reformas e buscar recursos para cuidar dos anos a mais de vida, diz o economista da FGV Renan Pieri: "Para a gente conseguir continuar honrando a Previdência, a gente precisa garantir alguns parâmetros como idade mínima, por exemplo. Para que a previdência caiba no orçamento. E, com isso, com a reforma da Previdência e com uma possível reforma tributária, a gente vai ter mais recursos para poder fazer os investimentos em saúde".
Será necessário também evitar o aumento da mortalidade infantil, que voltou a ser uma ameaça com epidemias como a de zika.
É num Brasil mais justo e equilibrado que essa família quer plantar essa linda semente. “Eu quero um mundo bem melhor do que o que a gente vive hoje. Bem melhor”, diz Edith. "O mundo não está fácil, mas eu desejo, do fundo do coração, que meu filho seja um grande homem”, diz a nutricionista e nova mamãe Vanesca dos Santos Brito.
Fonte: Jornal Nacional