Reportagem desta edição mostra que em Toledo o número de ações novas na Justiça do Trabalho caiu em torno de 35%. O número é significativo, entretanto, a expectativa é que caia ainda mais quando comparados com outros municípios onde o número de ações reduziu em torno de até 70% quando comparado com o período antes da Reforma Trabalhista que, embora criticada por determinados setores, ainda assim pode-se dizer que foi mais benéfica ao país. Evidente que ainda faltam novos ajustes a serem feitos, porém, quando se analisam estes números é possível perceber o acerto no realizado até o momento.
Isso porque o trabalhador não perdeu nenhum direito, como pregaram setores ligados a sindicatos trabalhistas mais comprometidos em manter o sistema de sustentação de suas entidades. Milhares por sinal. Antes da reforma o Brasil tinha mais de 15 mil sindicatos – entre patronais e de empregados. Um absurdo sem tamanho, mesmo diante do gigantismo deste país. Na prática essa queda, bem como os ajustes feitos pela maioria dos sindicatos para sobreviverem, são reflexos da reforma.
O número menor de ações soa ainda como um alento porque, ao menos é isso que se espera, os juízes do trabalho poderão desempenhar um serviço melhor ao cidadão, julgando com mais qualidade e dando sentenças mais justas, até porque agora os pedidos de eventuais irregularidades nas questões trabalhistas precisam ser feitos com mais critérios, com mais detalhes, evitando os pedidos feitos na base do achismo ou do tamanho da empresa. Os direitos precisam ser respeitados, mas dos dois lados, até porque nem todos os empresários são bandidos, assim como nem todos os trabalhadores são santinhos.
Esse é apenas mais um exemplo do quanto o Brasil precisa avançar em determinados setores até hoje presos ao passado e que tanto atravancam o crescimento do país, como acontece em relação à Reforma da Previdência, tão ou mais necessária que essa Trabalhista, assim como a Reforma Política para reduzir de vez esse jogo sujo do ‘toma lá, dá cá’ tão vivo ainda na política nacional.
Fonte: Jornal do Oeste
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