Pela internet, é possível resolver documentação de divórcios, compras, vendas e doações, partilhas e inventário de imóveis, autenticações de documentos, reconhecimentos de firmas e procurações públicas, entre outros serviços
Em maio, o advogado Márcio Mendes Carvalho morava em Jaboatão dos Guararapes e precisou de uma procuração para vender um carro em Santa Catarina. Conseguiu rapidamente graças a um sistema novo, no ar há cerca de três meses, que encurtou a distância de 3.300 quilômetros, que separam a cidade do Grande Recife de Florianópolis, a capital catarinense: o E-notariado.
Pela internet, é possível resolver documentação de divórcios, compras, vendas e doações, partilhas e inventário de imóveis, autenticações de documentos, reconhecimentos de firmas e procurações públicas, inclusive as usadas para receber pensão do INSS.
A navegação no site é simples e tem serviços para pessoas e empresas. Márcio foi o primeiro a usar o sistema do e-notariado no 1º Cartório de Notas e Protesto de Jaboatão dos Guararapes. Ele disse que conseguiu em um dia resolver o que, para ele, levaria de 15 a 20 dias.
“Num processo normal eu teria que me deslocar até a cidade para assinar esse documento, lá em Santa Catarina, ou enviar uma procuração. Eu fiz essa opção pelo e-notariado e consegui fazer essa procuração de forma virtual. Um processo bem simples e ágil”, observou.
A procura pelo serviço surpreendeu a tabeliã Alda Paes. “Com pouco mais de três meses a gente tem um pouco mais de 100 atos totalmente digitais, fora aqueles que foram feitos de forma híbrida. É nossa aposta por ter segurança jurídica, efetividade autenticidade”, disse.
Esse sistema também ajuda o meio ambiente. Quem trabalha em cartórios e escritórios de advocacia sabe que o volume de papel é grande. Cada processo pode ter centenas, milhares de folhas.
Com o e-notariado, a pessoa imprime se quiser. O sistema gera documentos digitais que podem ser acessados na tela do celular ou do computador.
Em casos como partilha de bens e inventários, os envolvidos precisam participar de uma videochamada com funcionários do cartório.
“A videochamada permite uma interação direta. É importante verificar que a pessoa está disposta a fazer o negócio. A interação permite que a gente perceba essa vontade real e legítima. A segurança continua a mesma, o que muda é apenas a forma de assinatura”, disse o tabelião Filipe Andrade Lima.
Fonte: G1
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